sexta-feira, 18 de novembro de 2011

 


Talvez eu saiba onde tudo isso começou, na cidade pacata em que cresci,onde aos domingos as ruas estavam vazias, onde só o sol aparecia, para queimar o calçamento de pedras díspares. Onde o calor era o principal assunto do dia, onde os besouros fedorentos impediam que aqueles moradores se assentassem em baixo das árvores.Mas quando a lua aparecia, a cidade perdia a sua calmaria,as mulheres tomavam conta das calçadas, os jovens das praças, os velhos senhores do bar. Embalados pelo céu tomado de estrelas, um sinal de que não haveria a possiilidade de chuva,lamento para o sertanejo que pede todos os dias a padim Ciço, que ele interceda, para que a asa branca volte a bater asa no sertão. A noite é propícia para as crianças fazerem suas brincadeiras,de 7 cacos, fubica, lema,  para os jovens namorar, e para as mulheres disbulhar feijão e fava nos batentes das calçadas, enquanto se alembram de fulano, beltrano e cicrano. 




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