segunda-feira, 21 de novembro de 2011

                                                         Por: Crislaine Lima

O homem não conhecia aquilo que o oceano escondia
Os "Selvagens" esperavam, o Deus que dizia a profecia 

Desde o início já existiam, deste lado os ameríndios ainda nômades 
Em movimentos sazonais, esperando da natureza os sinais 
Que lhes encaminhavam aos seus destinos finais

Desde o início já existiam, do lado de lá zigurates, pirâmides e burburinhos 
Populações antes nômades, agora em cada canto das terras permaneciam
Fazendo história acontecer mesopotâmicos, egípcios, gregos e romanos

Os andadores ameríndios, não mais nômades permaneciam
Espalhados na mesoamérica, Astecas, Maias e Incas
Em sociedade organizadas cultivavam abóbora, mandioca e milho  
Nos vales agrícolas, nas pastagens, planaltos e florestas tropicais 

Os antigos agora modernos, civilizados, aculturados, mais tarde renascidos 
Desvendam os mistérios da natureza, sempre em busca do novo mundo 
Prometido pela Profecia bíblica, na esperança de fugir da fome, peste e guerra
 Tudo para honra e glória do Deus ao qual diziam que serviam

As terras do novo mundo e o encontro, o encontro de duas culturas
Marcada por conflitos a partir daqueles dias. Que dias!

Aquele tinha o coração nas especiarias, artigos de luxo e ouro 
Este no sangue dos rituais para os deuses aos quais serviam  
Aquele imaginava o que não conhecia 
Este que esperava os sinais e o cumprimento das profecias
Aquele civilizado, vestido e aculturado
Este "Selvagem" , despido, amedrontado?

O início para os que chegaram
O fim para os que aqui estavam 
 
 


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Me divido entre o sertão e o cerrado 
Entre o céu de granito
E o calor do solo rachado
Talvez eu viva pra sentir saudade
E goste de viver me alembrando
Pois não me importo 
Essa é a minha sina
A confluência com a vida adulta
A sensação de estar perdido 
Sem o colo e proteção de maria
Eu me atiço, me atiro
Me conflito, me permito
Não posso reclamar 
Não é coisa boa murmurar 
Enfrento a fome, a falta de dinheiro
Mas a saudade
Ah! Essa não dá pra aguentar

Nordeste Independente

Os políticos, os homens do poder, esses que deveriam resolver, se empenhar e solucionar os problemas sérios e definitivos do país, eles permanecem em Brasília, nos gabinetes. Quando se aproxima o ano das eleições, eles saem de Brasília, eles pegam o avião, vão lá no Nordeste, sobrevoam a região, se certificam que há seca realmente no Nordeste. E entra  ano sai ano e o sertão continua ao Deus dará. Então, diante dessas circunstâncias todas, é que o poeta popular já tá fazendo música, coisas engraçadas evidentemente, é mais ou menos assim: Imagine o Brasil ser divivido e o Nordeste ficar independente. 

                                          (ELBA RAMALHO)

 


Já que existe no Sul esse conceito
que o Nordeste é ruim, seco e ingrato,
já que existe a separação de fato
é preciso torná-la de direito.
Quando um dia qualquer isso for feito
todos dois vão lucrar imensamente
começando uma vida diferente
da que a gente até hoje tem vivido
Imagine o Brasil ser dividido
e o Nordeste ficar independente
Dividindo a partir de Salvador
oNordeste seria outro paós
vigoroso,leal,rico e feliz
sem dever a ninguém no exterior.
Jangadeiro seria o senador
o cassado-de-roça era o suplente
cantador-de-viola o presidente
e o vaqueiro era o líder do partido.
Imagine o Brasil ser dividido
e o Nordeste ficar independente.
Em Recife o distrito industrial;
o idioma ia ser "nordestinense";
a bandeira,de renda cearense;
"Asa Branca" era o hino nacional;
o folheto era o símbolo oficial;
a moeda,o tostão de antigamente;
Conselheiro seria o inconfidente;
Lampião,o herói inesquecido.
Imagine o Brasil ser dividido
e o Nordeste ficar independente.
O Brasil vai ter de importar
do Nordeste algodão ,cana caju,
carnaúba,laranja,babaçu,
abacaxi e o sal de cozinhar.
O arroz.o agave do lugar,
a cebola,o petróleo,o aguardente.
O Nordeste é auto-suficiente,
o seu lucro,seria garantido.
Imagine o Brasil ser dividido
e o Nordeste ficar independente.
Povo do meu Brasil.
Políticos brasileiros.
Não pensem que vocês nos enganam,
porque nosso povo não é besta.

Aparecem nos meus sonhos, as imagens da infância, 
o dia da minha despedida, que triste minha partida. 
Como é bom ouvir, que sou amada e tenho o orgulho de vocês. 
Como é bom este carinho de neto, por homem e mulher do sertão.
     Que tem boa vontade, e quando chega mais um, 
põe mais uma rede e aumenta a água do feijão. 
Como é bom ser filho de homem e mulher do sertão, 
sertão de gente sofrida, que espera chuva como quem espera pão. 
Que vive da roça, come quento e pimenta. do reino
Que planta fava, e guarda nos silos para durar até o outro verão.


 


Talvez eu saiba onde tudo isso começou, na cidade pacata em que cresci,onde aos domingos as ruas estavam vazias, onde só o sol aparecia, para queimar o calçamento de pedras díspares. Onde o calor era o principal assunto do dia, onde os besouros fedorentos impediam que aqueles moradores se assentassem em baixo das árvores.Mas quando a lua aparecia, a cidade perdia a sua calmaria,as mulheres tomavam conta das calçadas, os jovens das praças, os velhos senhores do bar. Embalados pelo céu tomado de estrelas, um sinal de que não haveria a possiilidade de chuva,lamento para o sertanejo que pede todos os dias a padim Ciço, que ele interceda, para que a asa branca volte a bater asa no sertão. A noite é propícia para as crianças fazerem suas brincadeiras,de 7 cacos, fubica, lema,  para os jovens namorar, e para as mulheres disbulhar feijão e fava nos batentes das calçadas, enquanto se alembram de fulano, beltrano e cicrano. 




quinta-feira, 17 de novembro de 2011

CASA 72




Lembro-me de outrora, na casa de esquina, sua cor amarela, velha cor do sol. E sua árvore antiga, de folhas verdes. Com portas e janelas desiguais. De quartos feito cozinha, de redes feito cama. Fogo de fogão a lenha, banheiro no quintal. Casa adquirida por poucos cruzeiros, ou será mi réis? Casa de tia nenê, de paivei, de quem quiser. Casa de cinquenta e tantos anos. Abrigo, cantinho, lar. No seu interior as estórias estão entranhadas. De lá sabe-se estórias do alto, da revolta, do cangaço, do capitão de feijão. De lá saem meninas para festas de Pedro Fogueteiro, Sete de Setembro e de São João. De lá saem estórias tristes, como brigas entre pai e filho, entre irmãos. De lá também sai muito amor, carinho e dedicação de uma senhora mãe de doze filhos, que criou alguns netos e cozinhou muito feijão. Casa de número 72, localizada na rua da cadeia, Rua Conrado Rosa, como quiser. Casa que não é mais de quem foi, que hoje conta outras estórias. Que abriga outras pessoas. Sempre uma casa e faz parte daquilo que tenho saudades!










Por Crislaine Lima

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

É TEMPO!





Todos nós paraibanos, cidadãos conscientes dos problemas do nosso estado, já estamos cansados do descomprometimento dos políticos que nos representam.  Me  pergunto ate quando vai durar essa política que nada trás de positivo para o povo  paraibano. Dois grupos que há muitos anos se reversam nos cargos  do estado e  nada fazem para melhorar nossa Paraíba, esta na hora de dar um basta nisso tudo, de acreditar em sangue de novos políticos com ideias novas, não aguentamos mais essa situação, o estado da Paraíba parou no tempo! O que acontece é que o povo está alienado, estão aceitando ser marionetes nas mãos desses políticos, que nada fazem para melhorar a extrema miséria em que a população vive. PMDEbistas e Tucanos, mas no final das contas todos são corruptos porque o que se adianta escracha o que esta saindo e nem se preocupa se o que esta entrando é tão corrupto quanto o que saiu. Não vamos vender nossos votos! O VOTO é a  forma mais importante talvez de participação nas decisões do estado de toda a população independentemente de sua posição social, sua raça e religião. Não importa o programa, não importa se o cara é honesto, o que importa é levantar a bandeira e vencer uma eleição. QUANTA POBREZA É MUITA POBREZA PARA UM PAÍS TÃO RICO.