Por: Crislaine Lima
O homem não conhecia aquilo que o oceano escondia
Os "Selvagens" esperavam, o Deus que dizia a profecia
Desde o início já existiam, deste lado os ameríndios ainda nômades
Em movimentos sazonais, esperando da natureza os sinais
Que lhes encaminhavam aos seus destinos finais
Desde o início já existiam, do lado de lá zigurates, pirâmides e burburinhos
Populações antes nômades, agora em cada canto das terras permaneciam
Fazendo história acontecer mesopotâmicos, egípcios, gregos e romanos
Os andadores ameríndios, não mais nômades permaneciam
Espalhados na mesoamérica, Astecas, Maias e Incas
Em sociedade organizadas cultivavam abóbora, mandioca e milho
Nos vales agrícolas, nas pastagens, planaltos e florestas tropicais
Os antigos agora modernos, civilizados, aculturados, mais tarde renascidos
Desvendam os mistérios da natureza, sempre em busca do novo mundo
Prometido pela Profecia bíblica, na esperança de fugir da fome, peste e guerra
Tudo para honra e glória do Deus ao qual diziam que serviam
As terras do novo mundo e o encontro, o encontro de duas culturas
Marcada por conflitos a partir daqueles dias. Que dias!
Aquele tinha o coração nas especiarias, artigos de luxo e ouro
Este no sangue dos rituais para os deuses aos quais serviam
Aquele imaginava o que não conhecia
Este que esperava os sinais e o cumprimento das profecias
Aquele civilizado, vestido e aculturado
Este "Selvagem" , despido, amedrontado?
O início para os que chegaram
O fim para os que aqui estavam